A aldeia

História de Justes

O povoamento de Justes é antiquíssimo, alguns dos vestígios arqueológicos aqui encontrados remetem-nos para a Pré-História.

Segundo o Padre João Costa “Estes instrumentos líticos, na eloquência da sua linguagem muda, dizem-nos que há cerca de 4000 anos esta região era habitada por homens que trabalhavam primorosamente a pedra da qual faziam os seus artefactos”. O topónimo «Justis» existe como «genitivo» suévico, facto que determina a existência do povoado, com este nome e como paróquia, no século VI.
Mais tarde, já na Idade Média e durante o reinado de D.Afonso II, recebe a Carta de Povoamento, com a data de 1 de Agosto de 1222. Foi outorgada em Constantim por D. Mendo, abade do Mosteiro de Pombeiro, e foi concedida aos povoadores e aos seus sucessores.

A Carta de Foral contém um “conjunto de disposições de natureza jurídica, que têm em vista a regulamentação das relações entre os membros de cada comunidade entre si e com o concelho onde permanece integrada”( José Marques). Os novos povoadores da aldeia de Justes foram Pedro Fernandes e esposa, Maria Boa, Pedro Sobrinho e esposa, Maria Eanes, João Pires e esposa, Chama Gosendes, João Eanes e Maria Vasques, João Pires e esposa, Gontinha Garcia Meia Coirela e Bento Pires Meia Coirela. Estes podiam ainda admitir mais três povoadores. Estas pessoas acima indicadas foram apenas os refundadores pois, a existência de vestígios arqueológicos confirmados são indicadores de ocupação humana anteriores à fundação da nacionalidade.